Três homens indígenas da Indonésia vestindo roupa tradicional

IPARD

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O que é a IPARD?

A Aliança dos Povos Indígenas para os Direitos e o Desenvolvimento (IPARD) é uma aliança de desenvolvimento global convocada por parceiros de diferentes setores para assegurar os direitos dos Povos Indígenas, fortalecer as suas capacidades e catalisar seu auto desenvolvimento econômico.


A IPARD é implementada pela Fundação Indígena FSC (FSC-IF) e foi criada e é financiada pela Agência de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID) e pelo Conselho de Administração Florestal (FSC) com parceiros do setor privado.

Retrato de uma mulher indígena com o rosto pintado com uma arte tradicional, no Brasil.

Objetivo e teoria da mudança

A IPARD está trabalhando para possibilitar que os Povos Indígenas possam fortalecer suas capacidades globalmente, para que eles possam gerir e desenvolver suas comunidades baseados nas suas prioridades, conhecimento tradicional, gestão de recursos naturais, e respeito pelos seus direitos.

Nós prevemos que  se os Povos Indígenas possam desenvolver suas capacidades técnicas, organizativas e de gestão de maneira constante a longo prazo, fortalecerão suas habilidades para engajar melhor e colaborar com os governos nacionais e o setor privado para alcançar benefícios mútuos.

Objetivos Estratégicos

A perspectiva que temos para a IPARD será alcançada através de três objetivos:

numero 1
Organizar e convocar um Programa de Desenvolvimento de Capacidades para organizações de Povos Indígenas e investidores, como entidades governamentais e o setor privado.
numero 2
Promover um entorno facilitador e autorizado para a efetiva participação dos Povos Indígenas em processos de tomadas de decisões que afetem-os.
numero 3
Promover oportunidades de negócio e parcerias para o desenvolvimento sustentável dos Povos Indígenas baseados em modelos inovadores de economia.

Métodos e modelos

A FSC-IF está implementando a IPARD a partir da adesão de três métodos programáticos:

  • Método de Gestão do Programa Indígena (IPMA)

    No seu mais alto nível, a IPARD será guiada pela estrutura de governança do Conselho da FSC-IF e pelo Comitê Permanente dos Povos Indígenas (PIPC). Nos níveis regionais e nacionais, a IPARD trabalhará em colaboração com muitos setores, incluindo governos nacionais para engajá-los com representantes relevantes de organizações dos Povos Indígenas que irão construir um processo coletivo de tomada de decisões para guiar processos de perspectiva estratégica, direção, planejamento e implementação do Programa com total inclusão de conhecimento tradicional e aprendizagem social.

  • Método Multissetorial (MSA)

    IPARD integrará esforços multi-setoriais e recursos país por país para otimizar a probabilidade de benefícios e impactos a longo-prazo, tendo em conta, ao mesmo tempo o Marco das Paisagens Culturais Indígenas desenvolvidos pela FSC.

  • Método centralizado por País (CFA)

    IPARD irá apoiar a realização da visão a longo-prazo dos Povos Indígenas pela construção de planos colaborativos com diferentes setores e investidores. Por tanto, integrará aspirações e necessidades em todos os setores que são relevantes para os Povos Indígenas focando na gestão dos recursos naturais, direitos, suas economias, seu bem-estar, e outras prioridades baseadas em cada contexto nacional.

A nível operacional, a IPARD está implementando os métodos através de dois modelos programáticos:

  • Modelo de Sustentabilidade dos Povos Indígenas – Autossuficiência (IP-SSR)

    É uma ferramenta de orientação operativa e programática impulsionada pelas perspectivas a longo-prazo da IPARD e baseada em cinco objetivos: (1) desenvolvimento de capacidades das organizações dos Povos Indígenas, (2) promovendo direitos dos Povos Indígenas baseados em contextos políticos nacionais, (3) aumentando as práticas de gestão de recursos Indígenas conectados com o clima e soluções baseadas no mercado, (4) desenvolvimento dos modelos econômicos Indígenas, e (5) identificando alternativas para apoiar o desenvolvimento cultural holístico e inclusivo. O Modelos IP-SSR será construído em ações específicas de estratégica e em lugares ou países específicos para alcançar metas de longo-prazo e prever a escala de intervenção para consolidar resiliência e auto suficiência.

  • Modelo de Parceria da IPARD (IP)

    É uma ferramenta operacional para apoiar a implementação do modelo IP-SSR e os métodos da IPARD. Parceiros estratégicos, técnicos e de implementação serão mapeados baseados no seu potencial em contribuir para cada objetivo programático, guiado pela perspectiva dos Povos Indígenas como centro do trabalho. Os parceiros estratégicos da IPARD podem ser Ongs locais ou internacionais, agências da ONU, bancos de desenvolvimento multilateral, corporações, fundações, agências bilaterais entre outras.

Retrato homem afrodescendente no bosque

Regiões

A IPARD está trabalhando nos países da América Latina, África e Ásia, começando pela América Latina.

Resultados

Através do Programa da IPARD, a FSC-IF:

  • Convocou um grupo de parceiros implementadores incluindo a Aliança Mesoamericana de Povos e Florestas, ACOFOP, Hivos, UNDP e FAO para elaborar um projeto conceitual, que resultou em um financiamento adicional da USAID para reforçar os objetivos de desenvolvimento de capacidades da IPARD, participação efetiva, e empoderamento econômico através de uma estratégia transversal de gênero focada em mulheres e meninas Indígenas na Guatemala, Honduras e em El Salvador.
  • Co-organizou uma reunião de escuta global com o Centro de Desenvolvimento Inclusivo da USAID para 100 líderes Indígenas para informar a nova estratégia climática da USAID.
  • Começou a criar alianças estratégicas com 10 investidores internacionais, regionais e locais para promover direitos dos Povos Indígenas e desenvolvimento.
  • Organizou um workshop com mais de 30 acadêmicos e profissionais de desenvolvimento para identificar membros chave do Grupo de Trabalho de Economia Indígena que trabalharão com organizações de Povos Indígenas e com o setor privado para avaliar e desenvolver modelos inovadores de economia indígena.
  • Apoiou a organização Indígena Peruana EGIDA – Escola de Governo Indígena para o Desenvolvimento Amazônico da AIDESEP para desenvolver a definição de economias Indígenas e lideranças para a região da Amazônia Peruana. Trinta estudantes indígenas acabaram de graduar-se da EGIDA.